segunda-feira, 19 de maio de 2008

Poema do amigo que se perdeu

(ao som de Friends - Led Zeppelin )



Para mim tu morreste.

Se já não posso ouvir sua voz,

Se já não escuto mais os seus conselhos.

Para mim tu morreste.

E dói, mais do que a morte em si, dói.

Para mim tu morreste.

Seu telefone já não é o mesmo,

Se por seus cabelos já não mais te reconheço.

Para mim tu morreste.

È mais do que morrer, é torturar antes de matar.

Maldito seja este sangue frio que em sua veia corre.

Para mim tu morreste.

Não sei mais que presente dar.

Não me lembro o dia de confraternizar.

Para mim tu morreste.

Não pude ainda colocar aquela flor amarela,

Homenagem minha singela.

Vai ter de esperar e talvez nunca aconteça, pois não sei se serei noticiado.

Para mim tu morreste

Não há mais conversas ao pé do ouvido, Nem cochichos,

Não há mais soslaios que dizem mais que palavras,

Para mim tu morreste.

E se tivesse ido antes a mim teria sido mais fácil,

Pois assim saberia eu onde tu estas,

Pois assim deixaria contigo minhas incertezas, angustias alegrias,

Frustrações e sonhos.

Para mim tu morreste.

Que prazer ter te conhecido,

Sofrimento que valeu a pena,

Faria tudo de novo,

Fez minha vida valer mais a pena,

Poderia ter sido melhor, poderia ter sido pior,

Fui eu que te escolhi,

Se hoje lamento, você deveria então estar contente.

Para mim tu morreste.

4 comentários:

Bruna Assis disse...

Noooooossa parabéns, beeeelo poema! Me encantei com suas palavras, com o modo como o poema foi conduzido, ficou perfeito... O poema em si já é muito rico, e quando escrito de forma inovadora fica inovador, incansável... e incansavelmante falarei - Beeeelo poema *-*

Euzer Lopes disse...

Fantástico...
E, sim, eu já passei por isso... Já falei isso, já senti isso...
Já sofri, também, por isso.

Anônimo disse...

concordo com a Bruna...parabéns!

Igor Lessa disse...

Nossa. Forte esse poema...

Parabéns.

Um abraço.




Olhando Pra Grama - Crônicas de um ansioso